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Foto do escritorJoão Pedro Sousa

Marcas na vida dos consumidores.

A marca e o consumidor.




O consumo de marcas tem mudado cada vez mais, e certos conceitos que antes faziam sentido, hoje já deixam de produzir resultados. Grande parte dos consumidores vê nas marcas mais do que alguém que produz algo para consumir; eles as vêem como extensões do seu próprio self, e, sendo assim, buscam viver uma experiência junto com a marca.


Marcas Mais Humanas


O primeiro ponto para que a marca seja capaz de produzir essa experiência para quem está consumindo é ser mais humana. Quando digo mais humana, estou querendo dizer que a marca deve estabelecer uma relação com seu consumidor, pois, sem essa relação, não é possível entregar uma experiência capaz de engajar o consumidor.


Exemplo Prático: O Nubank é um exemplo excelente de como uma marca pode humanizar suas interações. Ele surge já como uma resposta empática, onde entende a necessidade de simplificar as relações com as instituições financeiras, tornando-as mais próximas e acolhedoras através de uma linguagem descontraída e amigável.


Troca e Engajamento


A relação de uma marca com um consumidor tem que ser pautada nas próprias relações humanas, ou seja, o princípio básico de uma relação humana é a troca. Nenhuma relação se dá apenas com um dos lados falando; não adianta querer apenas encher o seu consumidor com milhões de anúncios e patrocinados, se ele não se sentir como parte da composição da marca, como alguém que a marca escuta, ele simplesmente vai te ignorar.

Em um mundo de muitas informações, os consumidores buscam construir uma relação com os serviços que consomem. Por isso, marcas que apenas falam de seus produtos e não se importam com o que estão dizendo sobre ela ou não fornecem essa abertura certamente estão fadadas, em algum momento, a deixar de existir.


Exemplo Prático: A Sallve é um dos cases que eu tenho maior apreço quando o tema é cocriação. A marca de dermocosméticos nativa digital, para cumprir a missão de atender as necessidades reais dos consumidores, buscou conversar com seus consumidores, colocando-os no papel de cocriadores, fazendo com que fizessem parte de maneira ativa dos processos da construção do produto até atingir a sua fórmula final.


O que fazer enquanto marca?


Existem diversos pontos a serem discutidos, e cada um deles deve ser entendido na teoria e na prática para ver se encaixam com a sua marca, modelo de negócio e os resultados que deseja atingir. (Muito importante lembrar: não é porque algo é bom que significa que é para você.)


Neste texto, vou deixar três pontos que me ajudam a tratar do tema, identificar novas percepções e construir novas ações. Permitindo que seja possível trazer os consumidores para dentro do universo da marca.


Alinhamento do propósito

No texto, mencionei que as relações entre marca e consumidores têm que ser pautadas nas relações humanas, e uma delas eu trouxe no texto. Porém, outra relação importante dentro deste contexto é a de que, antes de falar algo, é necessário entender quem você é, pois, quando se conhece a si mesmo e quais são seus desejos, é possível criar e moldar a partir disso, permitindo que quem se relacione com você tenha clareza a respeito do seu propósito.

Em outras palavras, é necessário ter um propósito claro, para que a partir desse seja possível traçar estratégias junto a ferramentas do branding, criando uma marca que vive, cria e se comunica de acordo com aquilo que a motivou a existir.


Exemplo Prático: A Patagonia, sem dúvidas, aumentou ainda mais a relevância sobre a importância do propósito. A marca de roupas e equipamentos para atividades ao ar livre criou um ecossistema baseado no seu propósito ambiental, tornando possível perceber o mesmo movendo a criação de seus produtos, campanhas e diálogos com seu público.

Construção de Conteúdo Relevante


Conteúdo que não faz parte de uma estratégia que esteja alinhada aos propósitos da marca será apenas ruído em meio a tantos outros espalhados pelas redes sociais. É necessário lembrar a finalidade na qual foram criadas as redes sociais, para que, a partir disso, possamos compreender que, no momento em que as marcas tentam mudar esse propósito, elas vão ser julgadas por isso.

É claro que as evoluções ocorrem e que novos contextos são inseridos, porém a grande questão é que estes devem dialogar com o propósito maior, que é o social. Desta forma, as marcas devem sim estar presentes nas redes, mas com conteúdos relevantes, que façam sentido para o seu público, que permitam que ele interaja e se sinta parte de todo ecossistema que a marca proporciona.


Exemplo Prático: O Guaraná Antarctica entendeu essa realidade e começou a atuar de uma nova maneira em suas redes sociais. Eles criaram toda uma atmosfera, utilizando influenciadores, humoristas e artistas, e trouxeram o guaraná para todos esses contextos. Permitindo assim que se crie um conteúdo que tenha mais do que apenas o produto, mas também tudo o que ele acredita e representa, permitindo se socializar com os consumidores.


Foco em Experiência

Um produto bom, sem dúvidas, é fundamental para conquistar os consumidores, mas a grande questão é que um produto bom já é algo que os consumidores esperam. Quando alguém investe em algo, ela investe com a expectativa de que aquilo vai ser bom, sendo assim, fica evidente que o produto bom já não é mais o tema principal que as marcas têm que discutir.

O ponto-chave é entender a experiência que é possível criar em torno deste produto e de que forma pode ser vivida por aquele que está consumindo.Responder a essas questões é uma forma de encontrar caminhos para aproximar seus consumidores da sua marca. A experiência de fato conecta, e, do ponto de vista da neurociência, ela permite maior ativação neural, relevância emocional e a criação de padrões de associação, permitindo que a experiência se torne memorável.


Exemplo Prático: O Starbucks, ao entender essa importância, fez com que suas lojas fossem mais do que um local para comprar e tomar café, e sim um espaço de encontro, onde as pessoas podem socializar, trabalhar ou relaxar. Nestes espaços, através de ações como o famoso nome no copo, eles contribuem ainda mais para a experiência de cada um que ali passa.


Conclusão

Pode ser que você já tenha ouvido sobre tudo isso, talvez até de maneira mais aprofundada. Mas este é o tipo de tema que precisamos constantemente revisitar para gerar novas perguntas e encontrar respostas que levem ao sucesso na relação entre marca e consumidor.

E você, como tem enxergado essa relação das marcas com seus consumidores? Compartilhe suas experiências e desafios nos comentários. Vamos continuar essa conversa e aprender juntos!

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